Débora Falabella se abriu pela primeira vez sobre uma mulher, hoje com 40 anos, que a persegue há mais de 10 anos. Na manhã deste sábado (15), após a reportagem, o g1 publicou prints inéditos de mensagens que o perseguidor enviava continuamente para a atriz, dizendo que fez sexo com ela e que os dois conversaram telepaticamente.
Em outras conversas, o suspeito chegou a pedir desculpas a Débora pelo seu comportamento ao longo dos anos. O caso começou em 2013, no Rio de Janeiro, quando o então torcedor entrou no mesmo elevador do astro e pediu uma foto. Depois disso, a situação piorou e tomou um rumo um tanto inconveniente.
Nos dias seguintes, a mulher enviou diversos presentes para o camarim de Falabella, como uma toalha branca, objetos e uma carta de conteúdo íntimo e invasivo. Em 2015, a eterna Nina da “Avenida Brasil” fez uma peça no Sesc Copacabana. O perseguidor, por sua vez, esperou em uma área restrita do teatro e tentou forçar a entrada no camarim da atriz, mas foi afastado à força pelos seguranças.
Na época, Débora registrou a ocorrência em uma delegacia pelo crime de ameaça, mas não deu continuidade ao processo. Três anos depois, em outro episódio de perseguição, a mulher apareceu na primeira fila de uma peça que o artista apresentava na cidade de São Paulo. Assim que entrou no local, a suspeita se levantou e saiu do estabelecimento.
Foi em 2022 que o perseguidor criou um grupo no Instagram com Falabella e sua irmã, e começou a enviar diversas mensagens. “Ela me disse o endereço dela da mesma forma que eu falo com ela, faço sexo com ela. E ele nem olha para o meu rosto. Cynthia, o vírus vai pegar. Eu nunca te incomodei, mas veja se você faz algo por mim.ela escreveu em um trecho.
Em outra, a mulher falou sobre vivenciar uma “loucura telepática” com o veterano da TV. “Às vezes eu apago você de mim e você me apaga de você. Mas outras vezes você aparece tão firme e presente na minha vida, na nossa vida; o quanto eu gostaria de aceitar essa loucura telepática, se assim posso dizer. Você não mudou, adoro o seu sucesso e vejo a vida do jeito que quero. Eu compro o que a infância sonhou”ele declarou.
Em seguida, ela direcionou a mensagem para Débora e sua irmã. “Só não me venha com hipocrisia. Debinha, Debinha, se cuida, minha querida. Eu preciso de sua ajuda”ele pediu. Olhar:
Momento de pânico
Segundo a defesa do artista, o momento de maior pânico ocorreu em julho de 2022, quando o suspeito, morador de Recife, em Pernambuco, apareceu na porta do condomínio de Débora, na capital paulista. Imagens de câmeras de segurança registraram a mulher chegando ao endereço de carro e com malas.
Por alguns minutos, ela permaneceu observando o apartamento da atriz, até que ela foi até a recepção e pediu para entrar, mas não foi recebida. No início da noite do mesmo dia, a pernambucana voltou ao local e encontrou um funcionário da Falabella passeando com um cachorro. Foi quando ela disse que tinha “encontros telepáticos” com a celebridade, além de gritar o nome dela.
O episódio motivou a apresentação de queixa-crime contra a mulher pelo crime de perseguição, ou perseguição, que acarreta pena de 6 meses a 2 anos. Apesar da medida tomada, a menina insistiu em perseguir Débora. Em dezembro do mesmo ano, por exemplo, ela descobriu o endereço de uma pousada na Bahia onde o artista estava de férias e novamente tentou fazer contato através do dono do estabelecimento.
Ao voltar para São Paulo, Débora descobriu que havia recebido um pacote enviado pelo perseguidor. Foi o livro “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, romance em que morrem os protagonistas da história, acompanhado de uma mensagem: “Ao meu Romeu, com muito amor”.
Medida protetiva e mensagens
Após o respectivo episódio, a Justiça de São Paulo concedeu medida protetiva em favor de Débora Falabella, e proibiu o suspeito de manter contato com ela por qualquer meio de comunicação, além de frequentar os mesmos locais que a atriz. Outra exigência era que a pernambucana estabelecesse distância mínima de 500 metros, sob pena de prisão.
Em junho de 2023, o Ministério Público ofereceu a possibilidade de apresentação de denúncia, que foi recebida pelo Tribunal, que tornou o suspeito culpado de perseguir Falabella. Além disso, o juiz estabeleceu um incidente de insanidade mental para verificar se a mulher tinha ou não pleno conhecimento dos atos por ela praticados e, consequentemente, se poderia cumprir algum tipo de pena em caso de condenação.
Porém, em setembro, ela descumpriu as medidas protetivas ao entrar em contato com Débora tanto pelo Instagram quanto pelo WhatsApp. Nas mensagens, ela pedia desculpas por seu comportamento e afirmava que sua vida “não fazia sentido” sem poder acompanhar o trabalho da atriz.
“Débora, queria te pedir desculpas infinitas, desculpa por todos esses anos não ter tido coragem de falar com você quando você me ligou mais de uma vez para que pudéssemos nos conhecer. Queria fazer mil reparos no relacionamento que tive com você até agora. Não me deixe ter medida protetora de distanciamento, gosto muito de você e do seu trabalho. Minha vida não tem mais sentido quando penso que nunca serei capazassista a uma de suas peças. Eu queria muito sentar um dia e ter uma conversa franca. Eu te amo e nunca te machucaria.”ele declarou.
Em outro aplicativo de bate-papo, o perseguidor também sugeriu um encontro cara a cara com Falabella. “Estou muito triste com tudo. Eu quero conhecê-lo. Vamos marcar um chá para colocar esse processo em acordo e então, se for mesmo isso que você quer, não vou mais te procurar.”, destacou. Minutos depois, sem receber resposta, ela acrescentou: “Qual é a sua mensagem de veredicto final em minha vida? Me ajude, certo? Estou apaixonado por você e não vou te esquecer. Me ajude, Débora Falabella”.
Veja tudo:
Prisão de perseguidor
Diante do descumprimento do concedido pela Justiça, a defesa de Débora solicitou a prisão preventiva da mulher, o que foi acatado pelo Ministério Público e pela Justiça. Porém, após a emissão do mandado, surgiu a informação de que ela estava internada em uma clínica psiquiátrica.
A defesa do acusado informou que a interrupção do tratamento acarretaria um novo episódio psicótico, mas os defensores de Falabella não concordaram com a justificativa e reiteraram o pedido de prisão. O MP então solicitou novamente avaliação psiquiátrica da suspeita, pois ela não compareceu aos exames agendados em duas datas, além de concordar com a prisão preventiva.
Em fevereiro de 2024, o perseguidor da atriz foi preso preventivamente no Recife. A pernambucana pediu a revogação da prisão e alegou transtornos mentais (esquizofrenia e transtorno bipolar). A Justiça, porém, negou o pedido e confirmou a necessidade de exame psiquiátrico.
Logo, no final de março, a mulher passou por exame psiquiátrico e foi diagnosticada com esquizofrenia. Após a divulgação do laudo pericial que a declarou inimputável (incapaz de compreender a ilegalidade de seus atos), sua prisão preventiva foi revogada. Apesar da decisão, ela ainda deverá cumprir todas as medidas cautelares para afastar Débora, sob pena de internação provisória.
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