Caio Blat contou detalhes sobre seu relacionamento com Luisa Arraes. Em entrevista ao videocast “Desculpe por alguma coisa” nesta quarta-feira (11), o ator disse a Tati Bernardi que os dois não definiram um relacionamento aberto. “Acreditamos que ao longo dos anos uma pessoa pode ter encontros, desejos“, declarou.
Os atores estão juntos desde 2017. Eles moram no mesmo prédio, porém, em apartamentos separados, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. “Não temos um relacionamento aberto, nunca conversamos sobre isso, nunca declaramos isso. O que temos é um relacionamento longo e acreditamos que ao longo dos anos as pessoas podem ter encontros e desejos. Não há necessidade de separação por causa disso, então não temos um relacionamento aberto. Temos uma relação de respeito, amizade“, afirmou.
Caio disse que os dois tiveram “encontros” ao longo do relacionamento. “Falamos sobre isso, falamos sobre como vamos lidar com isso. Não precisamos nos separar, podemos ser vizinhos, amigos, trabalhar juntos, casar. Acredito que todos os casais que desejam ficar juntos por muito tempo passarão por essa situação. Todo mundo tem encontros e desejos. O casamento passa por fases de desgaste“, opinou.
Ele também comentou sobre a não monogamia. “Acho que o modelo monogâmico tem algo de machismo, de patriarcado, de posse. E é muito triste que você vá para algo de traição, de mentira, de mágoa. Então, acho que precisamos sempre buscar o diálogo, encontrar sempre uma solução, lidando com cada situação com respeito e verdade. E que todos cresçam juntos“, refletiu.
Além disso, o ator acredita que “ciúme” é um sentimento “horrível”. “O medo de ser mudado. O ciúme é uma coisa terrível, poda, envenena o relacionamento. É terrível, é um ensinamento, é um aprendizado. Cada dia é diferente, cada situação é diferente. Não existe fórmula“, destacou. Assistir:
https://www.youtube.com/watch?v=FlCqesAUmI
Machismo e relacionamentos antigos
Em outro trecho da entrevista, Caio revelou o que aprendeu com suas ex-companheiras, a cantora Preta Gil e a atriz Maria Ribeiro. “Nem sei o quanto aprendi com minhas mulheres, a começar pela Preta, com quem me casei muito jovem, aos 20 anos. Ela é uma das mulheres que mais amo e admiro. Durou um ano. Estou completamente grato, apaixonado, orgulhoso de ter tido esse relacionamento com ela“, elogiou.
“Maria, com quem tive um filho, casei na igreja, de branco. Construímos uma casa juntos, trabalhamos juntos, fizemos filmes juntos. E aprendi muito, porque viemos de uma cultura machista dos anos 90. Eu, aos 18 anos, fui elevado à posição de galã, recebendo milhões de cartas, sendo capa de revistas. Então você acha que está arrasando, que todo mundo te admira. E trazemos muitas distorções da nossa educação e dessa cultura galã, de ser famoso. Então, minhas mulheres foram muito importantes para me ajudar a repensar isso.“, apontou o ator.
Afirmou que aprendeu sobre “cumplicidade, respeito pela mulher, fidelidade e compreensão do papel da mulher”. Além disso, Caio disse que leva bronca de Arraes sobre o assunto. “Luisa me dá muitos chutes na cabeça, me mostrando meu machismo em vários pontos, em diversas situações. Sou 13 anos mais velho que ela, então é outra geração, que está muito mais consciente disso“, disse o artista.
Piadas de nudez
Para complementar, Caio mais uma vez opinou sobre a polêmica envolvendo Marcelo Serrado, que fez comentários sobre as partes íntimas do ator, em entrevista ao “Surubaum”. “Isso não me chateou nem um pouco. Marcelo Serrado é meu irmão, estávamos num programa de brincadeira, de brincadeira. Ele tem toda a liberdade para brincar comigo. Passamos sete meses gravando essa novela, ‘Beleza Fatal’, onde nossos personagens faziam ‘surubas’ juntos, o tempo todo“, explicou.
“O que respondi mais tarde, numa entrevista, é que esta cultura de falar sobre genitais é um disparate. O jornalista me disse: ‘Ele te fez um elogio’. E eu disse: ‘Não acho que isso seja um elogio’. Mas eu não estava respondendo ao Marcelo, estava respondendo ao jornalista. Não acho isso um elogio, não acho agradável. Fiz filmes com nudez e desde então existe esse problema. […] Eu fico envergonhado. Acho que existe um machismo em relação ao tamanho, de querer comparar. Pessoas que tiram imagens de filmes que fiz e congelam a imagem, compartilham, tiram do contexto. É desagradável. Não gosto dessa insistência, dessa repercussão, dessa curiosidade, desse submundo da internet. E não é um elogio, porque não é mérito, eu não mereci“, admitiu. Assista ao episódio completo:
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