A ONU apresentou, nesta segunda-feira (24), seus “princípios fundamentais para a integridade da informação”, que visam combater a desinformação online, com destaque para propostas de revisão do modelo publicitário de plataformas e redes sociais.
“Numa altura em que milhares de milhões de pessoas estão expostas a narrativas falsas, distorções (da verdade) e mentiras, estes princípios marcam um caminho claro a seguir, enraizado nos direitos humanos, incluindo os direitos à liberdade de expressão e opinião”, disse o secretário. – General da ONU, António Guterres, em comunicado.
Há um ano, por ocasião da apresentação de um documento de orientação que destacava o “risco existencial” da desinformação online para a humanidade, antes mesmo do desenvolvimento meteórico de novas ferramentas de inteligência artificial (IA), a organização propôs desenvolver uma espécie de código de conduta que serviria de referência nesta área.
Após consulta a vários intervenientes do setor, o documento publicado esta segunda-feira, que não é vinculativo, enumera cinco princípios fundamentais: confiança e resiliência social; meios de comunicação social independentes, livres e pluralistas; transparência e investigação; empoderamento público; e incentivos positivos.
A ONU espera que sejam aplicadas pelas plataformas, pelos meios de comunicação, pelos governos e pelas próprias Nações Unidas.
Embora alguns Estados sejam acusados de serem eles próprios fontes de campanhas de desinformação, o documento centra-se especialmente nas grandes empresas tecnológicas que permitem a divulgação destas mensagens através de redes sociais e motores de busca.
A ONU exorta-os a absterem-se de publicar informações falsas e discursos de ódio e, em particular, a reforçarem medidas para garantir a integridade da informação durante as campanhas eleitorais.
“A desinformação e o ódio não devem ter exposição máxima nem gerar lucros massivos”, insiste o texto, que apela a um repensar dos modelos de publicidade automatizada (“publicidade programada”) utilizados pelas plataformas.
“Um design tão opaco pode levar a que os orçamentos publicitários financiem inadvertidamente pessoas, entidades ou ideias que os anunciantes podem não pretender apoiar, o que pode representar um risco material para as marcas”, afirma.
O documento também pede que as agências de publicidade se envolvam, unindo forças quando necessário, para exigir transparência das plataformas em relação à cadeia de publicação de anúncios.
Quanto aos riscos representados pela inteligência artificial, o documento pede às empresas de tecnologia que rotulem claramente todos os conteúdos gerados ou mediados pela IA.
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