Após Dahmer, Netflix anuncia série sobre crime brutal de irmãos que chocou os EUA; conheça a história real

“Monstros: Irmãos Menendez: Parent Killers” faz parte de uma nova antologia, chamada “Monstros”, que começou com a história do canibal americano Jeffrey Dahmer. Agora, o streaming continua a saga com mais um caso de grande repercussão nos EUA. Para protagonizar a trama, foram escalados Javier Bardem, Chloë Sevigny, Cooper Koch e Nicholas Alexander Chavez.

O crime

Os irmãos Lyle e Erik Menendez foram condenados em 1996 pelo brutal assassinato de seus pais, José – um executivo de Hollywood – e Mary Louise. O crime aconteceu na noite de 20 de agosto de 1989, na mansão deles em Beverly Hills (EUA).

Lyle, na época com 21 anos, e Erik, de 18, chegaram armados e atiraram nos pais mais de 12 vezes. Os irmãos portavam espingardas calibre 12, segundo informações da revista People. Pouco depois de cometer o assassinato, o filho mais velho ligou para o serviço de emergência, relatando que ele e o irmão haviam saído de casa para ir ao cinema, mas quando voltaram encontraram José e Maria mortos.

Nos meses seguintes, a dupla gastou generosamente a fortuna da família. Lyle comprou uma cafeteria e outros itens de luxo, enquanto Erik contratou um treinador de tênis em tempo integral para se tornar jogador profissional de tênis. Porém, não demorou muito para que as investigações descobrissem a participação deles no crime.

Na época, foram reveladas todas as diligências dos irmãos Menendez: gravações do terapeuta, um cartucho de espingarda encontrado no bolso da jaqueta de Lyle e um roteiro escrito por Erik em 1987, sobre um jovem de 18 anos que mata seus pais ricos por dinheiro.

Diante das evidências, as autoridades confirmaram que os irmãos cometeram os assassinatos e concluíram que eles agiram por motivos financeiros. Com o caso definido, Lyle foi preso em março de 1990, e Erik apenas três dias depois. O mais novo foi detido no aeroporto, ao regressar de um torneio de ténis em Israel.

Acusações de abuso

A promotoria, por sua vez, argumentou que os dois mataram Jack e Mary para herdar a fortuna da família. No entanto, quando questionados pela promotoria, Lyle e Erik alegaram que a ação foi tomada por medo. Segundo os acusados, eles sofreram abusos físicos, emocionais e sexuais por parte dos pais durante anos.

“Há cerca de duzentos a trezentos casos de parricídio por ano, em que um pai é morto pelo filho. E quase todos estão relacionados ao abuso. E estão quase todos resolvidos. Este caso eles escolheram como diferente. E acho que foi muito fácil, porque era Beverly Hills e meu pai tinha muito dinheiro, para vender essa manchete de que irmãos mataram por dinheiro.”Lyle disse ao Dateline em 2017.

De acordo com a People, os irmãos Menendez tiveram várias testemunhas de defesa, incluindo Charles Wadlington, seu treinador de tênis na infância. No julgamento, revelou que José obrigava os filhos a treinar à chuva, ao frio, nos feriados e até quando estavam doentes. “Ele era um cara assustador. Você poderia dizer que ele tinha algum tipo de poder sobre eles.”ele justificou.

Lyle então testemunhou que seu pai começou a molestá-lo e a mostrar-lhe pornografia violenta quando ele tinha apenas 6 anos de idade. Sua mãe negou que o abuso tenha ocorrido. Quando ele completou 8 anos, porém, as violações sexuais teriam cessado. Também foi dito que o empresário começou a abusar de Erik, que tinha 6 anos.

Prisão

Lyle e Erik foram presos separadamente após serem condenados à prisão perpétua sem liberdade condicional por mais de 20 anos. O mais velho está na Prisão Estadual de Mule Creek, em Ione, Califórnia, e o mais novo está no Centro Correcional Richard J. Donovan, no Condado de San Diego.

No entanto, em fevereiro de 2018, Lyle foi transferido para outra unidade prisional, em Richard J. Donovan. Erik acabou sendo levado para o mesmo local apenas dois meses depois. Hoje, eles têm 56 e 53 anos, respectivamente, e aguardam a possibilidade de mudança de pena ou a chance de liberdade.

Assista ao trailer de “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos de Pais”:

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