Inspiração para a maioria dos patinadores que brilharam nas Olimpíadas, Letícia Bufoni não esteve em Parispois decidiu priorizar outros projetos, e manteve o mesmo pensamento para o ciclo Los Angeles-2028.
Sem a meta olímpica no horizonte, e muito bem resolvido com isso, o paulista de 31 anos não quer abandonar todas as competições, como os X-Games, por exemplo, mas ela se dedica a vivenciar outros lados do skate.
“Dei uma pausa nas competições, estou realmente selecionando as competições que vou esse ano. Ainda vou aos X-Games, é minha competição favorita, esse ano foi meu 18º ano de X-Games, mas eu’ Não vou disputar a próxima prova olímpica, não é meu plano, quero focar em projetos de turnê, projetos de vídeo, fazer coisas que quando estamos competindo não temos tempo de fazer”, disse o skatista ao Estadão.
Da produção de vídeos, importante elemento da cultura do skate, até a participação em tours expositivos, Bufoni tem vivenciado o skate de forma tranquila. Foi rodeada por esse clima que ela desembarcou em São Paulo para participar de um exposição gratuita no Bom Retiro Skateparkdas 17h às 20h desta sexta-feira (27), parte do tour Red Bull Drop In South America, que tem levado estrelas do skate a locais identificados com o esporte.
Ela viaja ao lado de outros grandes nomes, como o americano Ryan ShecklerPortuguês Gustavo Ribeiro e os brasileiros Sandro Dias, Felipe Gustavo e Yndiara Asp.
“Sempre achamos importante trazer isso para cá, ainda mais depois das Olimpíadas, porque acho que muitos novos fãs do skate não entendem a cultura do skate. , que chamamos de ‘núcleo’ do skate de rua, que muita gente não conhece”, afirmou.
“Um Tour como esse é muito importante para mostrar que não é preciso ser um skatista competitivo para ter carreira no skate, você pode ser um skatista de rua, que grava vídeos, fotos para revistas e leva cultura adiante. é muito importante trazer isso para o Brasil, ainda mais neste momento pós-Olimpíadas”, finaliza.
Letícia e os demais skatistas do tour não vieram apenas para se apresentar. Eles também viajam pela metrópole e praticam em locais que fazem parte da rotina dos skatistas paulistas, do Vale do Anhangabaú à Prafinha, tradicional pista da comunidade do Real Parque, vizinha ao Morumbi.
“Todo esse pedal que a gente faz pela cidade, indo em spots históricos do skate, é muito legal, é muito importante para a cultura do skate… O Vale é um dos spots mais famosos do Brasil e todo skatista do exterior quer pedalar lá. “
Letícia Bufoni também tem se dedicado a projetos alheios ao esporte que a trouxe ao mundo. A principal delas é competir na Porsche Cup, modalidade de automobilismo em que se estreou este ano e que a ajudou a desenvolver uma nova paixão desportiva, mas sem nunca desistir do skate.
“Vou continuar com o automobilismo, que ultimamente está ocupando muito tempo na minha agenda, mas até então estava tudo dando certo, não tive que deixar de fazer nada para poder correr de carro. , está dando certo”, comenta.
O skatista vem em busca de outras formas de adrenalina, como pular de avião e abrir paraquedas.
Por isso, agora ela busca inspiração nas histórias de outras pessoas que estão sempre flertando com o extremo, como entrevistadora do programa The Ignition Show, em que entrevista personagens como uma mulher que nada com tubarões e o dublê do Homem-Aranha.
“Sempre tenho ideias e projetos malucos e gosto muito de conhecer as histórias das pessoas, experimentar esportes diferentes.”
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