O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, afirmou neste domingo que não pretende estender o calendário do Brasileirão deste ano, após a suspensão do campeonato por duas rodadas. A intenção do diretor é manter a conclusão da competição no dia 8 de dezembro, conforme previsto inicialmente.
“A proposta da CBF é exatamente manter o calendário de 2024 até o dia 8 de dezembro. Conversaremos com todos os clubes. A CBF apresentará diversas soluções para que a competição seja concluída conforme planejado no calendário de 2024”, declarou em entrevista ao do canal SporTV.
Com a declaração, Ednaldo antecipa seu posicionamento antes do encontro entre a CBF e os clubes da primeira divisão, marcado para esta segunda-feira. Durante a reunião, a entidade e as equipes decidirão como reorganizar o Brasileirão após o atraso de duas rodadas – a competição foi suspensa no dia 15 de maio devido às enchentes no Rio Grande do Sul.
“Teremos uma reunião amanhã (segunda-feira) com todos os clubes da Série A, em Conselho Técnico Extraordinário, para buscar a melhor solução. causar consequências aos envolvidos: clubes, patrocinadores, atletas, evitando prorrogação do período de férias e sem impactar o calendário 2025”, explicou o presidente da CBF.
Sem entrar em detalhes, Ednaldo afirmou que a entidade irá “propor soluções” para substituir as datas perdidas num calendário já apertado. Questionado sobre a possibilidade de aumentar o número de jogos durante a Copa América, o dirigente preferiu não dar informações.
“A CBF apresentará soluções. Sabemos que este é um momento desafiador e que todos precisam contribuir, ter flexibilidade para conciliar. A CBF buscará a melhor alternativa para evitar uma prorrogação excessiva. A diretoria de competições e a presidência estarão à disposição buscar a melhor forma de acordo com os clubes para essas substituições de jogos.”
O principal temor das equipes atualmente é que a CBF inclua mais partidas durante a Copa América, que acontecerá entre 21 de junho e 15 de julho.
A entidade já havia decidido anteriormente que não paralisaria o Brasileirão durante a competição de seleções, o que causou desconforto nos clubes devido à perda de jogadores convocados para a seleção brasileira e para outras seleções sul-americanas.
Agora, corre-se o risco de aumentar o número de jogos em que as equipes ficarão sem alguns de seus principais atletas.
O Brasileirão foi suspenso pela CBF em meados de maio, por duas rodadas, devido às dificuldades enfrentadas pelos clubes gaúchos em meio à tragédia gaúcha.
Grêmio e Internacional tiveram estádios e centros de treinamento inundados, impossibilitando treinos ou jogos em Porto Alegre. Além disso, os jogadores estiveram envolvidos em operações de socorro às pessoas afetadas pelas inundações.
O Juventude, também presente na Série A, não sofreu danos devido às enchentes, mas enfrenta dificuldades logísticas para viajar pelo Brasil porque o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, foi alagado e fechado, com reabertura prevista apenas para o segundo semestre do ano .
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