Para ajudar sua novata Titano a enfrentar as mais prestigiadas picapes médias do mercado brasileiro, a Fiat adaptou a estratégia recente das marcas chinesas. Montado na fábrica da Nordex, no Uruguai, o Titano chegou ao mercado brasileiro em três versões: o Endurance, por R$ 219.990, o Volcano, por R$ 239.990, e o topo de linha Ranch, por R$ 259.990.
Na picape média da Fiat, chama a atenção o tamanho da caçamba, com o maior volume da categoria, de 1.314 litros – na Ranch “top”, cai para 1.220 litros, por conta do protetor de caçamba. Porém, apesar dos preços e da grande caçamba, o Titano ainda não vende tão bem quanto a Fiat esperava.
O Titano é baseado na plataforma KP1, desenvolvida pela empresa chinesa Changan em conjunto com a PSA Peugeot Citroën. A KP1 deu origem à picape Changan Kaicene F70, lançada em 2019, e ao “clone” Peugeot Landtrek, fabricado na China desde 2020. A picape média da marca francesa também é montada no Uruguai e foi lançada em outros países da América Latina. Porém, no mercado brasileiro, o grupo Stellantis – que reúne as marcas Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën, entre outras – optou por colocar o emblema da Fiat na nova picape média. A ampla rede de concessionárias e serviços da marca italiana no país e a liderança no segmento de picapes menores, com a compacta Strada – veículo mais vendido no mercado nacional há mais de três anos – e a intermediária Toro – primeiro colocado em sua categoria – eles foram a favor da decisão. Para se adaptar às demandas do mercado brasileiro, o Titano recebeu novas almofadas de cabine, suspensões, rodas, assentos e calibrações de suspensão.
A picape média da Fiat é equipada nas três versões com motor 2.2 turbodiesel de 180 cavalos a 3.750 giros por minuto e 40,8 kgfm de torque a 2.000 giros, acoplado ao câmbio automático de 6 marchas do Rancho. De origem PSA e fabricado na França, é o mesmo motor utilizado em SUVs como o Fiat Escudo e o Peugeot Boxer. O Titano possui caixa de transferência e bloqueio manual do diferencial traseiro e oferece três modos de tração: “2H”, “4H” e “4L”.
Medindo 5,33 metros de comprimento, 2,22 metros de largura (com retrovisores), 1,89 metros de altura (com barras longitudinais) e entre-eixos de 3,18 metros, o Titano Ranch vem com rodas de liga leve. 18 polegadas. Na dianteira, com visual imponente, a grade adota temas geométricos e robustos, emoldurada pelas luzes diurnas (DRL) em LED e pelo “skid plate” (protetor do motor). A grande capacidade da caçamba é garantida pela área de carga com 1,63 metros de comprimento, 1,92 metros de largura e 50 centímetros de altura, com guarda de segurança, protetor e capota marítima. O Titano está disponível nas cores metálicas Tramonto Red (modelo testado), Carbon Black e Billet Silver e no sólido Ambient White. O Ranch se diferencia por ter mais detalhes cromados, como nos frisos e maçanetas das portas. A versão vem com seis airbags e recursos como aviso de saída de faixa, assistente de descida íngreme, detector de pressão dos pneus, Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP), assistente de partida em subida, controle de tração e Trailer Swing Control, para ajudar a estabilizar o trailer. A picape média é o primeiro modelo da Fiat a oferecer garantia de cinco anos, com inspeções a cada um ano ou 10 mil quilômetros.
Experiência a bordo
Na versão Titano Ranch, os bancos são confeccionados em polímero que simula couro, com costuras visíveis para realçar o requinte. Os dianteiros são ajustáveis eletricamente e os traseiros rebatíveis, o que permite uma capacidade de transporte de até cem quilos atrás da segunda fila de bancos. O volante multifuncional também é feito de couro sintético, mas não possui ajuste de profundidade. A cabine oferece bom espaço para cabeça, pernas e ombros. Na segunda fila de bancos, o bom ângulo de reclinação aumenta o conforto. Na frente, há um console central com porta-copos, nichos para objetos e um grande apoio de braço central, que abriga um compartimento de bom tamanho.
Apesar da escolha dos revestimentos internos refletir a proposta de tornar o Ranch “top” mais sofisticado, a montagem do Titano no Uruguai não atinge o padrão de qualidade das picapes “made in Brazil” da Fiat – a compacta Strada, fabricada em Minas Gerais , e o médio Toro, produzido em Pernambuco. Algumas peças do Titano – como a proteção plástica da alavanca interna que dá acesso ao tanque de combustível e as luzes internas do teto – parecem inadequadamente fixadas ou têm aparência frágil.
O painel de instrumentos conta com tela digital colorida de 4,2 polegadas e a central multimídia tem tela de 10 polegadas. É possível conectar e carregar dispositivos eletrônicos através das portas USB no console central. A multimídia conta com navegação TomTom e espelhamento para Apple CarPlay e Android Auto. O ar-condicionado digital é dual zone, e a picape oferece o sistema “keyless entry’n go” (chave presencial com botão start). A câmera 360 graus auxilia no estacionamento e é acionada automaticamente quando são detectados obstáculos durante a manobra.
Impressões de condução
Para lançar sua primeira picape média, a Fiat teve dois caminhos. Uma seria desenvolver uma nova plataforma sobre longarinas, algo que levaria tempo e teria custos elevados. A outra, adaptar uma plataforma em longarinas Stellantis, o que poderia ser feito de forma rápida e com baixo custo. Não foi uma decisão tão difícil. A escolha recaiu sobre a plataforma chinesa Changan Kaicene F70, lançada em 2019, e que em 2020 foi adotada pelo Peugeot Landtrek. É verdade que a indústria automóvel chinesa evoluiu rapidamente nos últimos anos, especialmente nos veículos eléctricos. Porém, a plataforma chinesa 2019 enfrenta no mercado brasileiro modelos com arquiteturas mais modernas e mais bem ajustadas às demandas atuais do segmento de picapes médias. O resultado é que o Titano vibra mais e faz mais barulho que seus concorrentes – ou seja, não tem aquele comportamento de “SUV com caçamba”, que virou tendência nas picapes médias contemporâneas. Além disso, o motor 2.2 turbodiesel entrega potência suficiente para movimentar os 2.150 quilos da picape com destreza, principalmente em baixas velocidades, mas não é tão elástico – e nem tão econômico. Na medição do Inmetro, a Fazenda Titano teve médias de 8,5 km/l na cidade e 9,2 km/l na rodovia, com notas “D” na categoria e “E” no geral.
A vibração, especialmente com um balde vazio, torna-se mais perceptível em terrenos irregulares. Mas os bons ângulos de entrada (29 graus) e de saída (27 graus) facilitam a superação de obstáculos fora de estrada. Para enfrentá-los, a picape aproveita bem seus 23,5 centímetros de distância ao solo, além de contar com caixa de transferência e travamento manual do diferencial traseiro. Há também três modos de tração, “2H” (dois de Alta Velocidade), com 100% de potência nas rodas traseiras, “4H” (quatro de Alta Velocidade), para terrenos mais difíceis, e “4L” (quatro de Baixa Velocidade) com redução. , para condições off-road extremas. No asfalto e em caminhos mais planos, o Titano é menos confortável do que o esperado de uma picape lançada recentemente. A suspensão de longo curso absorve razoavelmente bem o impacto de grandes buracos, mas não filtra pequenas irregularidades com a mesma eficiência. Porém, a picape média da Fiat não apresenta oscilação em altas velocidades ou rolagem excessiva nas curvas.
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