O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) suspendeu o edital para contratação de empreiteira para construção de 13 novas unidades da Casa da Mulher Brasileira em todo o país, incluindo uma em Dourados (MS), para atender às recomendações da Controladoria-Geral da União ( CGU) e evitar possíveis irregularidades.
O Sindicato pretende licitar 13 unidades da Casa da Mulher Brasileira nas cidades de Dourados (MS), Maceió (AL), Belém (PA), Maringá (PR), Porto Velho (RO), Serra (ES), Natal (RN), Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Recife (PE) e Porto Alegre (RS).
A previsão no edital suspenso de mudanças era que, juntas, todas as novas Casas da Mulher Brasileira custassem R$ 249,7 milhões. A unidade Dourados teve preço intermediário: R$ 19,1 milhões.
Porta para oportunistas
O principal ponto levantado pela CGU foi no critério de julgamento adotado: maior desconto linear para subitens. Segundo o controlador, este critério permite o jogo de planilha, “uma vez que esse desconto poderá ser diferente para os itens de cada um dos 13 grupos em licitação, com a atribuição de preços significativamente mais baixos aos itens que, no futuro, poderão não ser executados”. .”
Segundo a CGU, a opção mais adequada seria que o desconto fosse único e linear em todos os itens da obra. Tal deficiência, considera o controlador, não é impeditivo ao prosseguimento da licitação, pois existem outros mecanismos legais para coibir possíveis comportamentos oportunistas de licitantes e contratantes.
Em vez de descontos em subitens, a CGU recomendou que o desconto fosse oferecido de forma linear.
O próprio Ministério da Justiça, em resposta, reconheceu que, tal como estava, poderia beneficiar um licitante detentor de informação privilegiada.
O conhecimento sobre o tipo de fundação a ser aplicada na construção (o projeto Casa da Mulher é padrão, igual para todas as unidades) poderia ser um diferencial a favor do licitante, por exemplo.
Custo de manutenção
A CGU também considerou muito alto o custo de manutenção local do canteiro de obras para algumas localidades: Maringá, Serra, Rio de Janeiro, Florianópolis e Porto Alegre. Ele também questionou a indefinição dos canteiros de Belém, Maringá, Porto Velho, Serra, Natal e Florianópolis.
A Casa da Mulher Brasileira
Segundo o governo federal, o Casa da Mulher Brasileira É uma inovação no atendimento humanizado à mulher. Integra num mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra a mulher: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; Delegacia de polícia; Tribunal; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção da autonomia económica; puericultura – brinquedoteca; acomodação de trânsito e centro de transporte.
A Casa, um dos eixos do programa Mulheres, Vivendo Sem Violência, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, facilita o acesso a serviços especializados para garantir condições de combate à violência, ao empoderamento das mulheres e à sua autonomia econômica. É um passo definitivo do Estado no sentido do reconhecimento do direito das mulheres de viver sem violência.
Campo Grande (MS) foi a primeira capital brasileira a receber este projeto. Em seguida, foram construídas unidades nas cidades de Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (RR), São Luís (MA) e Salvador (BA).
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