As mulheres recebem 20,7% menos que os homens nas 50.692 empresas com 100 ou mais funcionários no Brasil. A informação consta do 2º Relatório de Transparência Salarial, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira.
Segundo pesquisa, o salário médio dos homens é de R$ 4.495,39, enquanto das mulheres é de R$ 3.565,48.
O resultado é pior que o primeiro relatório, divulgado em março deste ano pelo governo, que registrava diferença salarial de 19,4%.
O relatório analisou mais de 18 milhões de relacionamentos formais em 2023, com dados contidos na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023. São 10,8 milhões de homens e 7,2 milhões de mulheres. A massa de receitas é de R$ 782,99 bilhões.
Desigualdade racial
A desigualdade cresce ainda mais em termos raciais. As mulheres negras ganham, em média, R$ 2.745,26, apenas metade do que ganham os homens não negros, que têm renda média de R$ 5.464,29. As mulheres não negras têm salário médio de R$ 4.249,71.
Segundo a pesquisa, apenas 27,9% das empresas possuem políticas de incentivo à contratação de mulheres negras, enquanto 42,7% têm entre 0% e 10% de mulheres negras ou pardas em seus quadros.
Cargos de gestão
O relatório mostra ainda que em cargos de chefia e chefia as mulheres ganham 27% menos que os homens que ocupam os mesmos cargos. Nas funções de nível superior, essa diferença chega a 31,2%.
Pouco mais da metade (55,5%) das empresas que participaram da pesquisa adotam planos de cargos e salários como base para definição da remuneração.
Plano de ação
O Ministério da Mulher e o Ministério do Trabalho e Emprego lançaram esta quarta-feira um plano com 79 ações para promover a igualdade salarial e de emprego entre mulheres e homens.
A medida tem previsão orçamentária de R$ 17 bilhões e está dividida em três eixos, que, segundo o governo, abordam aspectos étnico-raciais e a divisão sexual do trabalho.
Acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho, com 36 ações para combater as barreiras que impedem o acesso das mulheres ao mundo do trabalho em condições de plena igualdade;
Permanência da mulher nas atividades laborais, com 19 ações para reduzir obstáculos à permanência da mulher e promover políticas de partilha de responsabilidades familiares;
Avanço e ascensão profissional da mulher no mundo do trabalho, com 24 ações que visam estimular e criar oportunidades para que jovens tenham acesso a carreiras ligadas às ciências exatas.
Rosane Silva, secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidado do Ministério da Mulher, destacou a importância do plano para alcançar a igualdade salarial no Brasil.
— São 79 ações que visam incluir as mulheres no mundo do trabalho, garantindo sua permanência e ampliando sua participação, incluindo formação em carreiras tecnológicas e políticas de compartilhamento de responsabilidades domésticas — explicou.
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