Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantam dúvidas medidas de ajuste fiscal que afeta as despesas não foi considerado o fim da linha pela equipe econômica do governo. Lula descartou a desvinculação do salário mínimo do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Uma das opções do “menu” da agenda de contenção de custos da equipa económica era a modernização das ligações.
Membros do Ministério das Finanças e Planeamento afirmam que o A fase atual é de estudo do orçamento e das medidas que podem ser adotadas. Ao mesmo tempo, diz um interlocutor, a ideia é continuar tentando convencer o presidente de que é fundamental adotar alguma medida estrutural para limitar o crescimento das despesas, indo além do pente fino dos benefícios, para manter a sustentabilidade do o quadro fiscal.
Em entrevista ao portal Uol, Lula afirmou que o governo está fazendo um pente fino nos gastos da União, mas que é preciso saber se o “problema” é “cortar ou aumentar receita”.
— O problema não é termos que cortar, o problema é saber se realmente precisamos cortar, ou se precisamos aumentar a receita. Temos que ter essa discussão — disse Lula, que acrescentou — O problema no Brasil é que reduzimos muito a receita.
Recursos
O Palácio do Planalto trabalha com estimativa de que será possível economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões com um pente fino em benefícios previdenciários e assistenciais. Como mostrou a Globo, o Ministério da Previdência economizou cerca de R$ 2 bilhões este ano ao combater fraudes no pagamento de auxílios e aumentar a eficiência na concessão de benefícios temporários.
O ministro do ministério, Carlos Lupi, estima que a economia ao final deste ano deverá ficar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. Segundo membros da equipe econômica, apenas usar o pente fino não é suficiente para trazer a trajetória das despesas dentro do limite previsto pelo quadro fiscal para os próximos anos.
Dentro do Orçamento, existem algumas despesas que crescem continuamente acima da regra de atualização anual do limite do quadro, o que comprime outras despesas ao longo do tempo. Um exemplo é o investimento mínimo constitucional em saúde e educação e benefícios previdenciários.
Declarações do presidente
Em entrevista para comentar os dados fiscais de maio, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, minimizou as declarações de Lula, mas afirmou que as medidas estudadas visam adequar o crescimento dos gastos dentro do limite do marco e não uma redução de despesas que gere o corte de um programa, por exemplo.
Segundo ele, está claro que o governo não seguirá uma política fiscal que busque um Estado mínimo, mas sim equilíbrio fiscal com justiça social. O secretário afirmou que o momento atual é de apresentar o diagnóstico ao presidente e que há certa ansiedade com os anúncios.
— A dinâmica de crescimento das despesas é diferente dos cortes nas despesas. Procuramos garantir que a evolução da despesa pública é compatível com o quadro fiscal. Essa é a nossa preocupação e serão adotadas as medidas necessárias para garantir essa trajetória — garantiu.
Ceron afirmou que as medidas de revisão dos registros de benefícios são legítimas, para eliminar pessoas que recebem benefícios indevidamente, e importantes, mas não informou se são suficientes. O secretário descartou, porém, uma revisão da política de aumento do salário mínimo.
— Isto não significa que não haja preocupação com medidas que garantam que as despesas com a segurança social permaneçam dentro dos limites. O ajustamento para os mais pobres é visto como mais simples de fazer. Mas, tal como lutamos contra os privilégios fiscais, procuraremos encontrar, de forma inteligente, racional e correcta, medidas adequadas para garantir este conceito.
Veja também
inflação
CMN define centro da meta de inflação contínua em 3%
inflação
Lula diz que adora inflação baixa e não é contra redução de impostos
empréstimo itaú pessoal
divida banco pan
refinanciamento de empréstimo consignado bradesco
taxas de juros inss
empréstimo de valor baixo
simulador de empréstimo consignado banco do brasil
quitar emprestimo fgts banco pan