A terceira geração do C3 foi lançada no Brasil em setembro de 2022, com um design completamente diferente dos anteriores, o que o marketing da Citroën chamou de “atitude SUV” – na prática, o C3 continua sendo um hatch compacto.
Disponível em cinco versões – com preços de R$ 72.990 a R$ 95.990 –, o novo C3 investe em estilo e relação custo/benefício para atrair quem não quer – ou não pode – gastar muito para ter um carro “moderno” .
Porém, apesar de manter a posição de “motor de vendas” da marca francesa no Brasil desde o seu lançamento, o novo C3 não conseguiu decolar comercialmente.
No ano passado, o modelo Citroën vendeu 26.581 unidades no país, ocupando a vigésima nona posição entre os veículos leves (automóveis e picapes).
Nos dois primeiros meses de 2024, vendeu 3.394 exemplares e caiu para o trigésimo quinto lugar.
Com a cor Blue Spring – do lançamento da nova geração – e teto branco, o C3 Feel 1.0 manual custa R$ 83.990.
O custo/benefício é o que faz da configuração mais equipada com câmbio manual uma das mais populares da linha C3.
A “atitude SUV” imaginada pelo marketing da Citroën está em detalhes que aproximam o novo carro das características de um utilitário esportivo compacto – numa proposta semelhante à do subcompacto Renault Kwid, lançado com o slogan “o SUV dos compactos” .
No C3, isso é expresso através do design robusto, linhas verticais e vincos pronunciados ao longo de todo o corpo.
E é reforçado pela posição de condução mais elevada, pela altura em relação ao solo e pelos bons ângulos de entrada e saída.
Os “Deux Chevrons” do logotipo, que remetem às engrenagens bi-helicoidais criadas por André Citroën há mais de cem anos, receberam uma nova leitura com linhas duplas começando pelas luzes diurnas de LED nos faróis bipartidos e atravessando todo o da frente para o centro.
A dianteira possui para-choque com a parte central sempre na cor preta.
Abaixo dos faróis estão os faróis auxiliares de neblina, embutidos no para-choque, mas ausentes na variante avaliada.
Mecanicamente, o C3 Feel é equipado com o conhecido motor 1.0 Firefly no mercado brasileiro com até 75 cavalos de potência e 10,7 kgfm de torque, que marcou a estreia da Citroën no segmento de motores 1.0 litro no Brasil.
Já utilizado na Fiat, em modelos como o hatch Argo e o subcompacto Mobi, o motor tem cadeia de controle “para toda a vida”, sistema de pré-aquecimento do etanol e coletor de escapamento integrado ao cabeçote.
O 1.0 Firefly está associado no C3 Feel a uma transmissão manual de 5 velocidades.
O C3 Feel 1.0 vem de série com direção elétrica progressiva, ar condicionado, controle de estabilidade e tração com assistente de partida em subidas, vidros dianteiros e traseiros e travas elétricas, monitoramento de pressão dos pneus, painel digital com computador de bordo, multimídia Citroën Connect, USB no console, volante com controles de som, Bluetooth, banco do motorista com altura ajustável, alarme perimetral, volante com altura ajustável, luzes diurnas de LED, rodas de liga leve de 15 polegadas, barras longitudinais pretas no teto, “Chevron” cromado e carroceria- maçanetas externas coloridas.
Experiência a bordo
Medindo 3,98 metros de comprimento, 1,73 metros de largura, 1,58 metros de altura e distância entre eixos de 2,54 metros, o atual C3 é mais longo, mais largo e mais alto em relação à segunda geração.
Destaque para a posição de direção mais elevada do que o normal nos hatchbacks, que lembra a dos SUVs compactos.
A sensação de espaço dentro do carro é potencializada pelos cerca de dez centímetros a mais de altura em relação aos hatches rivais.
Todas as versões do C3 possuem painel bicolor – no Feel 1.0, uma faixa azul metálica atravessa todo o conjunto horizontalmente, dominada por revestimentos duros.
O acabamento e encaixe de algumas peças podem gerar nostalgia em quem conheceu os requintados Citroëns das décadas passadas.
A chave C3 Feel 1.0 tem lâmina fixa exposta e algumas rebarbas, com botões na base para travar e destravar as portas – poderia ser confundida com a chave de um modelo do século passado.
O painel de instrumentos não inclui conta-rotações e, embora seja digital, é quase “vintage”.
As informações do computador de bordo são disponibilizadas por meio de um botãozinho anacrônico no próprio painel. No centro do painel aparece a maior atração a bordo: a multimídia Citroën Connect, com tela sensível ao toque de 10 polegadas, que conta com rádio, Bluetooth e integração com smartphones e espelhamento com Android Auto ou Apple CarPlay, sem necessidade de fios. É simples, mas funciona bem.
Há porta USB frontal e controles de controle no volante, com ativação por voz, chamada e controles de volume. O ar condicionado é eficiente e resfria o ambiente rapidamente.
Impressões de condução
Porto Alegre/RS – Se o motorista não for muito exigente e tiver plena consciência de que está ao volante de um carro equipado com motor 1.0 aspirado, o C3 Feel tem um desempenho bastante aceitável para sua proposta – porém, nada que justifica a esportividade sugerida pelo design externo.
O baixo peso, de apenas 1.056 quilos, facilita um pouco o trabalho do motor aspirado 1.0 Firefly de três cilindros, com até 75 cavalos e 10,7 kgfm de torque, o mesmo utilizado nas versões do Fiat Argo e Cronos e do Peugeot 208 .
Prioriza a entrega de torque em baixas velocidades, o que favorece o uso urbano.
A caixa de câmbio, também “herdada” do Argo, possui engates corretos e proporciona trocas fáceis.
Com este motor, o C3 Feel acelera de zero a 100 km/h em pouco mais de 14 segundos e pode atingir uma velocidade máxima de 160 km/h. Ou seja, o modelo é um típico carro urbano, ambiente em que é “mais confortável”, pois o motor tem melhor desempenho em baixas rotações.
A direção elétrica é suave nas manobras e progressivamente firme à medida que o carro acelera – poderia ser um pouco mais firme.
Em termos de estabilidade, o C3 Feel 1.0 se comporta de forma satisfatória, sem assustar o motorista.
Em curvas rápidas, o pacote parece equilibrado e não rola excessivamente, apesar da carroceria alta.
Em termos dinâmicos, o modelo Citroën é uma opção para quem não quer gastar muito.
Se o plano é viajar, o C3 Feel 1.0 não “nega fogo”.
Porém, para obter melhores resultados, é melhor não ficar lotado de pessoas e bagagens.
Na estrada, a potência limitada torna-se perceptível em velocidades mais altas.
É preciso ter cuidado e paciência, principalmente nas ultrapassagens em estradas de pista única e sinuosas.
Em termos de consumo, o C3 de entrada se sai bem: 12,9 km/l com gasolina e 9,3 km/l com etanol na cidade e 14,1 km/l e 10 km/l na rodovia, respectivamente.
Devido ao fato dos bancos serem posicionados altos e o para-brisa não ser tão largo quanto a geração anterior, a visibilidade do C3 fica prejudicada para motoristas mais altos, já que a borda do para-brisa fica quase na altura dos olhos. .
Motoristas maiores podem precisar se curvar para ver os semáforos em algumas situações.
A visualização ainda é prejudicada pelo posicionamento do espelho interno, que invade excessivamente o campo de visão disponível.
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