O sistema partidário dos Estados Unidos concentra-se em dois partidos. De um lado, o Partido Democrata. Do outro, o Partido Republicano. Esse contexto faz com que alguns movimentos atraiam mais atenção. Assim, os vira-casacas das eleições americanas estão no centro das atenções e fazem parte do tabuleiro de xadrez da política americana.
No contexto das próximas eleições, marcadas para Novembro, os Estados Unidos acompanham de perto este fenómeno de mudança de partido. A democrata Kamala Harris, atual vice-presidente e candidata do partido, recebeu o apoio, em forma de carta, de mais de 200 republicanos. Do outro lado, Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano, conquistou o apoio de Robert F. Kennedy e Tulsi Gabbard, ambos de origem democrata.
Os Estados Unidos não têm apenas dois partidos políticos. No entanto, os partidos Republicano e Democrata têm maior expressão. Assim, concentram os holofotes e favorecem um cenário mais polarizado, como é o caso das eleições deste ano.
As pesquisas sobre a corrida presidencial de novembro mostram um equilíbrio entre Kamala e Trump. Desta forma, cada movimento no conselho político pode fazer a diferença. E isto lança luz sobre os traidores das eleições americanas.
O fenômeno vira-casaca das eleições americanas
Também conhecida e utilizada no futebol, a expressão “vira-casaca” tem origem política, justamente para representar uma mudança de rumo político. O termo carrega conteúdo pejorativo, usado para “apontar oportunistas”.
O fenômeno da troca de lado é comum nos Estados Unidos. Porém, em um ambiente polarizado, isso se torna mais evidente. Os movimentos recentes, com os Republicanos a apoiarem os Democratas e os Democratas a apoiarem os Republicanos, acrescentam uma “fervura” adicional a um ambiente já aquecido.
As mudanças partidárias fazem parte de um contexto eleitoral. As alianças políticas nos EUA tornaram-se mais acentuadas recentemente. Até os conflitos ideológicos foram deixados de lado, o que dá o tom para o momento rumo às eleições de 2024 nos EUA.
Robert Kennedy Jr.: de ambientalista democrata a apoiador de Trump
Recentemente, Trump ganhou o apoio de Robert Kennedy Jr., sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy. Robert suspendeu a sua candidatura independente para reforçar a corrida republicana. Esse movimento teve intensa repercussão nos Estados Unidos.
Segundo pesquisas, Robert conta com o apoio de 4% do eleitorado. Numa corrida presidencial equilibrada, cada voto poderia ser decisivo. Além do movimento em si, o apoio teve outro contexto: a promessa de Trump de revelar a caixa negra do assassinato de John F. Kennedy.
Sobrinho de JFK, Robert é de origem democrata. Além disso, ganhou espaço na política com postura ambientalista. Trump já está a lidar com críticas de que é um “negacionista” quando se trata de questões ambientais.
Trump e Robert Kennedy têm até um histórico de “troca de farpas”. O ex-presidente dos Estados Unidos, por exemplo, chamou o sobrinho de JFK de “lunático liberal radical”. Robert disse que Donald era um “valentão”.
Agora, Robert Kennedy juntou-se à equipa de Trump e à cena vira-casaca das eleições americanas. Ele declarou que está trabalhando na campanha do ex-presidente e foi convidado a integrar a equipe de transição, para ajudar a escolher pessoas para o governo em caso de vitória.
Tulsi Gabbard e a mudança no apoio a Trump
Além de Robert F. Kennedy, Trump ganhou o apoio de outra ex-figura democrata. Trata-se de Tulsi Gabbard, ex-congressista que tentou concorrer nas eleições presidenciais dos EUA em 2020 pelo Partido Democrata – Joe Biden era o representante do partido e foi eleito, vencendo Donald Trump.

Em 2022, Tulsi deixou o Partido Democrata e não poupou críticas, com o discurso de que o partido estava “sob o controle de uma liderança elitista” e que incitava o “racismo contra os brancos”.
Tulsi Gabbard passou a adotar um tom forte contra o governo Biden, defendendo agendas religiosas e liberdade de expressão. Agora, ela se alinha politicamente com Trump, conhecido por agendas semelhantes e ataques à “esquerda”.
Tal como Robert Kennedy, Tulsi também fará parte da equipa de transição, reforçando os recentes movimentos políticos que intensificam o contexto eleitoral norte-americano.
Os republicanos apoiam Kamala Harris: o outro lado da moeda
No tabuleiro de transição de apoio político, as peças também passaram para o lado de Kamala Harris. O democrata recebeu o apoio de 238 ex-funcionários do Partido Republicano. Eles publicaram uma carta aberta contra Trump. É o outro lado da moeda neste capítulo dos vira-casacas nas eleições americanas.

No manifesto, o grupo destacou que tem “muitas diferenças ideológicas” com Kamala. Contudo, o apoio é para evitar um novo Governo Trump. Na sua opinião, isso “enfraqueceria as instituições”, além de “comprometer os movimentos democráticos no exterior”.
Em 2020, a corrida presidencial também contou com uma carta aberta dos republicanos a Biden, então rival de Trump. Agora, o apoio a Kamala Harris reforça que o ex-presidente enfrenta “resistência interna”, o que tem influência no cenário político.
Impactos da mudança de alianças políticas nas eleições de 2024
Com alianças e apoio, Kamala e Trump avançam na corrida presidencial. Os vira-casacas nas eleições americanas também tiveram impacto. Em jogo, por exemplo, está a participação de Robert F. Kennedy no eleitorado e o peso de vozes mais contundentes nas campanhas.

O apoio a Trump sinaliza que o ex-presidente pode elevar o tom na disputa contra Kamala Harris, enquanto o vice-presidente também ganha aliados para a disputa que se aproxima.
Assim, a temperatura para as eleições em EUA aumenta, com Republicanos e Democratas em acção nesta corrida presidencial cada vez mais polarizada.
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