O empresário Guilherme Bardauil Boulos (Solidariedade), que disputa o cargo de vereador em São Paulo (SP), tentou mudar seu nome na cédula para “Boulos”, mas a defesa de Guilherme Castro Boulos (PSOL), candidato a prefeito da capital paulista, protestou contra a mudança.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) entendeu que o nome da urna solicitado pelo candidato a vereador poderia causar “confusão” no eleitorado e, além de recusar a mudança, determinou que Bardauil Boulos alterasse o nome da urna sem qualquer referência ao sobrenome “Boulos”. O empresário terá dois dias para fazer a mudança. Procurado por Estadãoo candidato a vereador afirma que aguarda parecer dos advogados de seu partido sobre a possibilidade de recurso.
Além de ser o nome exibido na urna eletrônica no momento da votação, o nome da urna está relacionado à forma como um candidato será mencionado ao longo da campanha eleitoral. O nome da urna, em geral, coincide com o nome civil, mas pode apresentar, além do nome e sobrenome, apelidos e outras referências, como a profissão do candidato.
Em resolução sobre o tema, o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que a escolha do nome do boletim de voto é válida quando não for estabelecida “nenhuma dúvida quanto à identidade” do candidato.
Na terça-feira, 10 de setembro, os advogados que representam Bardauil Boulos solicitaram que o nome do candidato a vereador fosse alterado para “Boulos”. No mesmo dia, a defesa do candidato a prefeito solicitou o indeferimento do pedido. “A alteração solicitada, com a devida autorização, não é suficiente para evitar que os eleitores se confundam sobre os candidatos, causando inegáveis danos à normalidade e lisura do pleito”, diz a petição da defesa do candidato do PSOL.
O procurador eleitoral Fabiano Petean atendeu ao pedido da defesa de Castro Boulos e recusou o pedido de alteração do nome da urna. “Diante da coincidência de nomes e referências que poderiam causar confusão no eleitorado, manifesto meu apoio à rejeição do registro de candidatura.Bardauil Boulos) não adaptou o nome de forma que a indução pudesse ser sanada”, afirmou o procurador.
O deputado eleitoral determinou então que Bardauil Boulos alterasse o nome da urna, sem referências ao sobrenome “Boulos”, no prazo de dois dias.
Xará é o pivô da acusação de Pablo Marçal sem provas
Desde o dia 8 de agosto, quando aconteceu o primeiro debate televisivo entre candidatos a prefeito de São Paulo, o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) vem insinuando, sem provas, que o candidato a prefeito Guilherme Boulos é usuário de cocaína.
As denúncias renderam a Boulos o direito de resposta nas redes de Marçal, que também foi condenado a pagar multa de R$ 30 mil ao deputado federal do PSOL.
O jornal Folha de S.Paulo revelou que Pablo Marçal, de fato, estava em posse de um processo judicial por consumo de drogas do candidato a vereador que dá nome a Guilherme Boulos. A acusação contra Guilherme Bardauil data de 2001 e refere-se à posse de drogas para consumo pessoal.
O CNNBardauil Boulos afirmou que o caso foi um “ato imprudente” dos tempos de faculdade, acrescentando que a droga em questão era a maconha, e não a cocaína, e que nunca foi preso. “Isso é coisa do passado”, concluiu o empresário, que diz não ter sido contactado por Pablo Marçal sobre o assunto.
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