Diante da aprovação na Câmara dos Deputados do regime emergencial do projeto de lei que equipara o aborto da gravidez acima de 22 semanas ao crime de homicídio, os parlamentares do Santa Catarina expressaram suas opiniões.
Se as mudanças propostas entrarem em vigor, a mulher que fizer um aborto estará sujeita a punições mais severas do que as previstas para os estupradores.
O texto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL/RJ), conta com a assinatura de outros 32 parlamentares, incluindo os deputados catarinenses Pezenti e Julia Zanatta.
Em entrevista com Notícias NDZanatta disse ter certeza de que, quando colocado em pauta, o projeto será aprovado “de forma esmagadora”.
“Mulheres abusadas sexualmente, vítimas de estupro, poderão continuar realizando o aborto legal previsto no Código Penal. Ela vai conseguir, mas terá um limite gestacional para fazer isso, que é de 22 semanas, cinco meses de gravidez. Temos certeza de que, quando isso for colocado em pauta, venceremos de forma esmagadora, que a maioria dos deputados aqui são a favor da vida”, pontuou.

O deputado Pedro Uczai foi um dos que se manifestou contra o projeto. “O estuprador é menos punido do que a mulher estuprada. Isso é um absurdo”, argumentou.
E acrescenta: “Um cara a estuprou [vítima], e se ela fizer um aborto após 22 semanas, ela pode ser presa e ficar na prisão por 20 anos. Como uma mulher saberá se está com 22 semanas ou não e quando perceber que está grávida? E aí ela vai ter um filho com violência brutal”.
Deputados de Santa Catarina se manifestaram nas redes sociais sobre o projeto de lei do aborto
A deputada Carol De Toni comemorou a aprovação da urgência do projeto: “Aprovamos a urgência do PL 1904/2024 para tornar o aborto crime de homicídio, em gestações acima de 22 semanas. O texto também proíbe o aborto resultante de estupro após 5 meses. O mérito do PL será discutido em breve e seguiremos incansavelmente na luta pela vida”, escreveu.
Outra parlamentar que comemorou a aprovação foi a deputada Daniela Reinehr. No X (antigo Twitter), ela escreveu: “Uma vitória para todas as mães e para a vida! Aprovamos a urgência do PL 1904/2024. O aborto após 22 semanas agora será considerado homicídio. Estamos lutando pelos direitos dos mais vulneráveis!”
Geovania de Sá, por sua vez, afirmou que “cada vida é sagrada e merece ser protegida desde o início”. “Sempre defendi a vida e me posicionei contra o aborto. O PL 1904/2014, em tramitação na Câmara Federal, busca penalizar o aborto, reforçando nosso compromisso com a defesa das crianças. Diga não ao aborto, diga sim à vida! Vamos construir juntos uma sociedade que valorize a família e a dignidade humana”, postou ela em sua conta no Instagram.
O deputado Darci de Matos postou em seu Instagram que “o direito de nascer é inegociável”. Porém, na mesma publicação afirmou que o “PL é um absurdo e não pode ser aprovado”.
“O direito de nascer não é negociável! Precisamos nos unir para vencer essa batalha. Esse PL é um absurdo. Não pode ser aprovado.”
O que a lei do aborto oferece
O projeto prevê a igualdade de penas aplicadas aos crimes de homicídio simples e aborto nos casos de gravidez superior a 22 semanas. Segundo o Código Penal, para homicídio simples a pena é de 6 a 20 anos de reclusão.
Dessa forma, até 22 semanas, as penas atuais são mantidas. Mas, acima deste limite, existe igualdade.
No que diz respeito à interrupção da gravidez em casos de anencefalia fetal ou de risco à saúde da gestante, mantém-se o que atualmente está previsto no Código Penal.
Qual a justificativa do PL para o aborto?
O deputado Sóstenes apresentou como justificativa do projeto a “necessidade de estabelecer um prazo claro para o procedimento de aborto”, que, neste caso, é a delimitação de semanas.
“Como o Código Penal não estabelece limites máximos de idade gestacional para interrupção da gravidez, o aborto poderá ser realizado em qualquer idade gestacional, mesmo quando o nascituro já seja viável”, afirmou.
Assim, de acordo com o artigo que estabelece os limites, os fetos gestados acima de 22 semanas seriam considerados pessoas “no sentido legal do termo”, estando portanto protegidos pelo Código Penal.
Aborto no Brasil
O Código Penal Brasileiro já prevê pena de 1 a 3 anos de prisão para mulheres que interromperem a gravidez. Atualmente, o aborto só é permitido em três situações no Brasil:
- Quando uma mulher corre risco de morte e não há outra forma de salvá-la;
- Nos casos de fetos com anencefalia (ausência de cérebro ou parte dele);
- E em casos de estupro.
simulação de emprestimo bradesco consignado
simular empréstimo consignado banco do brasil
taxa de juros de emprestimo
taxa de empréstimo itau
o que é refinanciamento de empréstimo consignado
como funciona o emprestimo do bolsa familia
menor taxa de juros emprestimo consignado
quando vai ser liberado o empréstimo do auxílio brasil