Preso na noite de quarta-feira (26), identificado como líder de uma suposta tentativa de golpe de Estado na Bolívia, o general Juan José Zúñiga declarou que o episódio foi montado em conjunto com o presidente boliviano, Luis Arce, do MAS (Movimiento al Socialismo).
“O presidente me disse: ‘a situação está muito complicada, esta semana vai ser crítica. É necessário preparar algo para aumentar a minha popularidade’”, declarou Zúñiga aos jornalistas que se encontravam no momento da sua detenção, em frente ao palácio do governo em La Paz.
Antes de ser levado por agentes de segurança em meio a gritos de “autogolpe”, o general afirmou ainda que a invasão do palácio foi acertada com Arce em reunião entre os dois no último domingo (23). Na conversa, o presidente teria ordenado que Zúñiga “pegasse os blindados”.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça da Bolívia, Iván Lima, respondeu dizendo que o general mente e que buscará uma pena de 15 a 20 anos de prisão contra o soldado “por ter atacado a democracia e a constituição”.
Veja a acusação de Zúñiga sobre o acordo com Arce
A invasão do palácio do governo
Armados com tanques do Exército, soldados invadiram o palácio presidencial da Bolívia, na Plaza Murillo, onde fica a sede do governo, em La Paz, capital administrativa do país (Sucre é a capital constitucional).
Segundo a Reuters, um veículo blindado derrubou a porta da sede do governo, permitindo a invasão de soldados “fortemente armados”. Nove pessoas ficaram feridas, segundo o jornal boliviano Los Tiempos.

Mudança de comando militar põe fim ao suposto golpe
Em meio à tentativa de tomada do palácio, o presidente Luis Arce demitiu os chefes das Forças Armadas e isso foi suficiente para deter o movimento. Segundo o jornal boliviano El Deber, Zúñiga “retirou-se silenciosamente” do palácio, após ter sido trocado pelo general José Wilson Sánchez.
Assim que tomou posse, Sánchez ordenou que as tropas envolvidas na invasão do palácio presidencial em La Paz regressassem aos seus quartéis, declarando que este tipo de mobilização “mancha os uniformes” dos envolvidos.

Além de Sánchez, o presidente Arce também nomeou outros dois comandantes militares. Gerardo Zabala e Renán Guardia assumem como novos chefes de Força do ar e a Armada Boliviana, respectivamente.
O movimento foi classificado por Arce como “mobilizações irregulares”. Na rede social X, o presidente boliviano pediu que “a democracia seja respeitada”.
Denunciamos movimentos irregulares de algumas unidades do Exército Boliviano. A democracia deve ser respeitada.
— Luis Alberto Arce Catacora (Lucho Arce) (@LuchoXBolivia) 26 de junho de 2024
Brasil condena ação militar na Bolívia
Após a invasão militar em La Paz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou preocupação com a situação do governo do país vizinho. “Reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia do nosso país irmão”, afirmou Lula.
A mensagem foi divulgada poucas horas depois de Arce alertar sobre uma mobilização militar suspeita no centro de La Paz.
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