O ex-governador alegou falta de estrutura e apoio político para concorrer à prefeitura da Capital nas eleições de 6 de outubro
Durante coletiva de imprensa realizada na tarde de ontem, o ex-governador André Puccinelli (MDB) retirou oficialmente a pré-candidatura a prefeito de Campo Grande na eleição do dia 6 de outubro, conforme já havia divulgado o Correio do Estado.
Este é o terceiro cartão amarelo de André Puccinelli, o primeiro em 2002, quando desistiu de concorrer a governador contra o insatisfeito Zeca, do PT, que buscava a reeleição, e indicou a ex-senadora Marisa Serrano, que acabou derrotada.
O segundo “amarelecimento” foi em 2020, quando preferiu lançar o deputado estadual Márcio Fernandes para tentar impedir a reeleição do então prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, que na época era do PSD e agora está no PDT, mas o candidato de Puccinelli mais uma vez foi derrotado.
“Para uma disputa majoritária na nossa Capital é necessário apoio estrutural e político. Há cerca de 30 dias, o União Brasil interveio e conseguiu bloquear a nossa senha do Solidariedade para retirá-la da parceria com o MDB. Além disso, alas do PL sinalizaram seu apoio a nós. Com MDB, PL e Solidariedade o apoio político seria suficiente”, declarou.
Ele acrescentou que foi a Brasília (DF) na semana passada para conversar com o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com o presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força.
“O MDB fez todos os esforços para me dar condições de concorrer a prefeito, enquanto o Solidariedade sinalizou a possibilidade de devolução do diretório estadual. Porém, o PL de Valdemar Costa Neto foi categórico ao dizer que Bolsonaro já havia conversado com a senadora Tereza Cristina”, revelou.
Na opinião de André, apesar do apoio estrutural insuficiente, o mais importante numa disputa maioritária numa capital é o apoio político.
“E continuei tentando e, por isso, vários adiamentos do anúncio que faço hoje (ontem). Não serei candidato a prefeito e, considerando os pré-candidatos a vereador dos dois partidos (MDB e Solidariedade), nem serei candidato a vereador”, afirmou.
Sobre o fato de liderar as pesquisas de intenção de voto, o ex-governador disse que sua decisão é definitiva. “No entanto, manterei meus compromissos com todos os pré-candidatos a vereadores do Solidariedade e do MDB, bem como minha fidelidade ao meu partido. Quanto ao meu apoio, quem decidirá será a soma das respostas dos diretórios do MDB e do Solidariedade com a dos pré-candidatos a vereadores. Apoiarei o que a maioria definir na consulta escrita que foi preparada hoje (ontem)”, explicou.
Porém, o deputado estadual Márcio Fernandes já se apresentou ao “referendo” e revelou que, independentemente do resultado, caminhará com o PSDB, enquanto os demais deputados estaduais do partido (Junior Mochi e Renato Câmara) não se manifestaram.
Puccinelli acrescentou que o legado não pode ser abandonado. “Não sei se é muito ou pouco legado que deixei para minha filha ‘Capital Morena’, mas afirmo que não estou abandonando a luta política e que pretendo, além de me comprometer com esta eleição, estar em 2026 concorrendo a um cargo eletivo, talvez para senador, deputado federal ou estadual”, revelou.
Questionado se poderia tentar ser governador novamente, foi enfático ao dizer que o MDB realizou uma reunião no ano passado na casa da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na qual foi acertada uma aliança com o PSDB para 2026.
“Essa aliança não está influenciando esta, sejamos bem claros. Então, se nos tratarem bem no caminho até 2026, apoiaremos especificamente o candidato do ex-governador Reinaldo Azambuja”, disse, referindo-se ao atual governador Eduardo Riedel (PSDB).
Sobre a possibilidade de sua filha mais nova, a advogada Denise Puccinelli, ser vice-presidente do partido que o MDB e o Solidariedade decidirem apoiar, o ex-governador reforçou que não existe tal opção.
“Claro que não, minha filha está fora da política. Ao ingressar em um grupo de partidos, você deve se perguntar quem é o melhor candidato a vice-presidente. Por exemplo, o PL está errando, está brigando entre si, porque uns querem a mulher do Marcos Pollon, outros não. O vício tem que ser quem soma, seja homem ou mulher, quem soma qualitativa e quantitativamente”, finalizou.
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