O Congresso pediu ao Supremo Tribunal Federal que revogasse a decisão do ministro Flávio Dino que estabelecia critérios para o pagamento do orçamento secreto do espólio – esquema revelado pelo Estadão – e impôs transparência e rastreabilidade como condição para pagamento de aditivos de comissão. Para o Senado, a decisão foi tomada com base em “premissas erradas” e ultrapassou o julgamento da mais alta corte que pôs fim ao orçamento secreto. Os parlamentares querem, inclusive, que parte da ação seja tirada de Dino e redistribuída ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
O recurso foi assinado nesta quinta-feira, 8, e questiona em especial dois pontos da decisão de Dino: a determinação de que todas as emendas devem ter “vínculo federativo absoluto” – quando um parlamentar só pode indicar os repasses ao Estado por meio do qual foi eleito; e a suspensão de pagamentos que não sigam “prévia e total transparência e rastreabilidade”.
Segundo o Senado, a imposição ao “vínculo federativo” acaba “restringindo indevidamente o caráter nacional” do mandato de deputados e senadores. A ordem de bloqueio de transferências de activos orçamentais secretos sem transparência “prejudica os destinatários das políticas públicas”, afirmam os parlamentares, indicando que já adoptaram medidas para garantir a rastreabilidade dos pagamentos.
Para o Congresso, os pedidos que levaram Dino a tomar a decisão na última quinta-feira resultaram em um despacho que “ultrapassa” o julgamento do STF sobre o orçamento secreto, estipulando, de forma monocrática, “novas e amplas obrigações para o Poder Legislativo”. Os parlamentares pedem, inclusive, que as partes da ação que não tratam das emendas do relator – principal mecanismo do orçamento secreto – sejam tiradas das mãos de Dino.
O argumento é que a decisão do STF que pôs fim ao esquema revelado por Estadão tratou apenas do chamado RP9, e o despacho de Dino também tratou das alterações da comissão. O Congresso sustenta que já está em andamento no gabinete de Moraes um processo que estaria ligado ao questionamento das emendas da comissão e, portanto, essa parte do processo tem que ser redistribuída.
Para Dino, as emendas da comissão estão sendo divididas sem publicidade quanto aos critérios de divisão dos recursos e quais parlamentares indicaram os recursos para cada projeto, obra ou município. Devido a essa falta de controle e transparência, ficam sob a alçada do comando da mais alta Corte.
O Congresso contesta a alegação, argumentando que a discussão e aprovação de tais emendas “ocorrem publicamente, no âmbito de reunião deliberativa específica”. Segundo o parlamento, “não há elemento de ‘orçamento secreto’ no que diz respeito à aprovação de emendas apresentadas pelas comissões da Câmara e do Senado”.
A alegação acaba contrariando as informações prestadas pela Câmara durante a reunião técnica que discutiu a consolidação das informações do orçamento secreto. Na ocasião, a Câmara disse que “não tem condições de colaborar” com os dados dos “patrocinadores” das emendas da comissão. O argumento é que a “figura patrocinadora” das emendas da comissão “não existe” na Câmara. “Há informações na ata parlamentar que indicam as alterações da comissão, mas não a quais beneficiários elas se destinam”, argumenta a Câmara ao STF.
Durante a audiência, representantes da Câmara dos Deputados também defenderam que as Comissões da Câmara publiquem atas de aprovação de emendas, que dariam informações sobre “os parlamentares que indicam as emendas da comissão”.
Estas indicações, no entanto, referem-se a alterações genéricas, de âmbito nacional e de valor relativamente elevado. Cada comissão tem direito a oito alterações, quatro das quais são alterações de dotações (ou seja, indicando recursos). Dizem apenas para qual ação orçamentária o dinheiro será destinado, sem detalhar qual obra, projeto ou município receberá qual valor.
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