Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – A Bolsa fechou em queda nesta segunda-feira, com o Assaí (BVMF:) caindo 8% para mínima histórica em meio ao desconforto com a decisão da Receita Federal sobre contingências tributárias, enquanto a Azul foi destaque positivo ainda sob o efeito das expectativas sobre a negociação com os credores.
Dados das contas públicas piores que as estimativas e nova revisão para cima nas projeções de mercado para a Selic – de 11,50% para 11,75% em 2024 e de 10,50% para 10,75% em 2025 – – apuradas pela pesquisa Focus do Banco Central adicionaram pressão negativa ao Pregão brasileiro.
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 0,69%, para 131.816,44 pontos, no mínimo do dia, tendo atingido 133.119,79 pontos no máximo da sessão. No mês, acumulou queda de 3,08%. O volume financeiro totalizou 20,9 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
Segundo a equipe da Ágora Investimentos, após forte movimento de recuperação na semana passada, o Ibovespa sinalizou formação de topo na região de resistência de 133.950 pontos e média diária de 21 períodos. “A leitura é de possível retomada do movimento negativo em direção ao suporte nos 129,9 mil pontos.”
DESTAQUES
– ASSAÍ ON caiu 8%, para 7,47 reais, após a Receita Federal cobrar da empresa o registro de bens no valor de 1,265 bilhão de reais, em meio à “existência de contingências tributárias” em discussão pelo GPA (BVMF:). Assaí afirmou que vai recorrer. No setor, GPA ON perdeu 1,05% e CARREFOUR BRASIL EM (BVMF:) fechou em queda de 0,32%.
– ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:) caiu 1,77%, enquanto BRADESCO PN (BVMF:) caiu 1,61% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:) fechou com queda de 1,01%. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:) perdeu 0,26%.
– VALE ON (BVMF:) encerrou com queda de 0,7%, perdendo força durante a sessão, após avançar mais de 2% no início da sessão, quando foi favorecida pelo salto dos preços na China após novas medidas de Pequim estimular o mercado imobiliário da segunda maior economia do mundo.
– PETROBRAS PN (BVMF:) fechou com variação negativa de 0,28%, em dia de fraqueza nos preços do , usado como referência pela estatal, que encerrou o dia com queda de 0,29%.
– MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:) caiu 3%, renovando mínimos desde o grupamento em maio, dado o ambiente macro prospectivo desfavorável com aumentos nas taxas de juros no horizonte.
– AZUL PN (BVMF:) valorizou-se 4,87%, na terceira sessão consecutiva de alta, mantendo-se a expectativa de um acordo entre a companhia aérea e os credores. Na noite de sexta-feira, a empresa disse que as negociações mostraram “bom impulso”, mas que ainda não havia chegado a acordos vinculativos para uma reestruturação da sua dívida com grupos, incluindo arrendadores de aeronaves.
– VAMOS ON avançou 1,69%, na esteira da proposta de reorganização societária do acionista controlador, Simpar (BVMF:), para tornar a operação da Vamos Locação (BVMF:) exclusiva e inteiramente dedicada ao segmento de aluguel de caminhões, máquinas e equipamentos e combinar o negócio Vamos Concessionárias com a Automob. A SIMPAR ON, que não está no Ibovespa, subiu 6,27%.
(Por Paula Arend Laier)
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