Um homem de 55 anos, com histórico de câncer e que precisou realizar exame de tomografia pela rede pública de saúde, em Florianópolis, estava com o exame agendado para 2030. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o caso não é urgente ( leia a nota na íntegra no final do texto). A família do paciente diz que fez campanha para pagar exames na rede privada.
Paciente com câncer fez exame em particular, diz família
Arlei Zimmermann, 60 anos, é irmã do paciente com câncer e pediu que seu nome não fosse divulgado. Ela lembra que ele precisava fazer uma tomografia da região abdominal, exame necessário semestralmente, devido ao histórico de doença.
Em 2020, o homem de 55 anos teve que retirar um dos rins e parte do outro, devido a um câncer. Para evitar a espera, a família decidiu arrecadar o valor necessário por meio de uma campanha para custear o exame na rede privada de saúde.
Paciente com histórico de câncer precisa fazer exames semestralmente, conforme solicitação do médico – Foto: Arlei Zimmermann/Reprodução/ND“Quando pagamos o exame, a data prevista pela lista de espera da prefeitura era para 2030. O exame mostrou algo no rim do meu irmão, o médico suspeita que possa ser a doença novamente. Como a tomografia não ficou nítida, ele solicitou ressonância magnética tanto do abdômen quanto do pulmão para avaliar se havia metástase”, conta Arlei.
Zimmermann explica que o irmão não tem condições financeiras para arcar sozinho com os custos dos pedidos.
- Atualmente, a fila de solicitações mostra o exame do paciente agendado para julho de 2025 (veja a imagem abaixo). Isso porque o posicionamento e a previsão do atendimento podem sofrer alterações dependendo da atualização do protocolo de acesso utilizado no sistema municipal de saúde.
Lista de espera do dia 22 de julho mostrava tomografia computadorizada do paciente com câncer marcada para julho de 2025 – Foto: Reprodução/ND“Como meu irmão não tem condições de pagar esses exames e não podemos esperar a prefeitura, pois não consideram o caso urgente, a família se reuniu e pagamos os exames”.
Para o NDMaisa Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis explicou que o protocolo de acesso utilizado aloca os pacientes “de acordo com a classificação de risco” e que o irmão de Arlei está na classificação de risco “verde”, considerada “não urgente” (leia o texto completo no final).
“Como é que um caso de cancro não pode ser tratado com urgência? O que é urgência para eles? Quantos outros pacientes na mesma situação do meu irmão devem estar aguardando exame?”, diz Arlei Zimmermann.
Arlei cita que, além do irmão, ela também aguarda exames agendados e retorno com reumatologista, marcado para 2026 – a solicitação ocorreu em 2023.
“Já faz cerca de um ano desde que fiz minha primeira consulta. O médico receitou remédio e disse que eu deveria tomar só três meses e voltar, pois ele acha que é artrite. Meus dedos estão dobrados, doem muito e não consideram urgente”, lamenta.
Arlei Zimmermann afirma que, assim como o irmão, espera na fila de exame na rede pública de saúde de Florianópolis – Foto: Reprodução/NDEm relação aos pacientes oncológicos, a secretaria menciona que está trabalhando para aumentar a disponibilidade do exame, mas que estão na classificação de risco “verde”. Leia o posicionamento:
“A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esclarece que ampliará a oferta de tomografia neste semestre, por meio do contrato de prestação de serviços. Ainda este ano, a administração também acrescentará à oferta a prestação do serviço com equipamentos próprios no MultiHospital, com expectativa de realização de 500 exames mensais na unidade.
O acesso aos exames especializados ocorre por meio do Protocolo de Acesso da Secretaria Municipal de Saúde, modelo regulatório também adotado por outras entidades, como a Secretaria de Estado de Saúde, por exemplo. Nessa modalidade, o paciente é alocado de acordo com a classificação de risco, sinalizada com base na gravidade do caso, gerada por meio dos critérios clínicos apresentados no prontuário do paciente.
A lista de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) é pública e pode ser consultada online.
O paciente em questão possui solicitação de tomografia com classificação de risco “verde” (não urgente), prevista para 2025. A Secretaria Municipal de Saúde orienta que a população se dirija à unidade de saúde de referência para verificar as informações clínicas e, também, em caso de agravamento do quadro”diz a secretaria em nota.
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