Realizar o exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos, é a principal recomendação das sociedades médicas para aumentar as chances de diagnóstico precoce do câncer de mama, quando a lesão ainda é pequena, contribuindo para um melhor prognóstico da paciente.
Ainda assim, permanece forte a falsa crença de que o autoexame seria a principal forma de identificar esse tumor em seu estágio inicial. Essa é a percepção de 54% das mulheres entrevistadas durante a pesquisa A Mulher Diante do Câncer, realizada pelo Ipec (Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da Pfizer.
Foram entrevistadas 1.400 mulheres com 20 anos ou mais, residentes em São Paulo (capital) e nas regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal – abrangendo, portanto, amostras de todas as regiões do país (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste).
Embora a percepção equivocada sobre o autoexame como principal ferramenta para o diagnóstico precoce do câncer de mama varie um pouco entre as diferentes localidades pesquisadas, essa crença está cristalizada em todas elas. Além disso, em termos de idade, esta convicção atinge 59% dos inquiridos mais velhos, com 50 ou mais anos, faixa em que o risco de cancro é maior.
“Ao fazer a palpação e não encontrar nada, a mulher pode acreditar que suas mamas estão saudáveis e deixar de realizar avaliações de rotina que detectariam precocemente um possível tumor, quando ainda não é possível senti-lo pelo toque. É importante lembrar que, quando a doença é diagnosticada precocemente, é mais fácil de tratar, o que contribui para a redução da mortalidade”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.
Mamografia: recomendações desconhecidas
Além da confusão em torno do papel do autoexame, a maioria das mulheres entrevistadas por Ipec demonstra também desconhecimento das recomendações médicas para a realização da mamografia, que pode detectar tumores muito pequenos, menores que 1 cm.
Para 56% das entrevistadas, não está clara a necessidade de realizar o procedimento se outros exames, como a ultrassonografia mamária, não indicarem alterações: 33% acreditam que a mamografia só deve ser realizada diante de achados suspeitos em outros exames, enquanto 23% não sei opinar.
A pesquisa indica ainda que a maioria das entrevistadas (52%) subestima a importância da regularidade na realização de mamografias: 25% das entrevistadas estão convencidas de que, após um primeiro exame com resultado normal, a mulher teria liberdade para realizar apenas o autoexame em casa, enquanto 27% da amostra não sabia opinar sobre esse assunto.
Apenas 39% da amostra recifense tem consciência de que essa conduta é errada, número que é de 44% em Belém, 46% no Distrito Federal e 47% no Rio de Janeiro.
A desinformação sobre as recomendações para a realização da mamografia se reflete, na prática, na assistência à saúde das entrevistadas.
Quando questionadas sobre a rotina de exames nos últimos 18 meses, apenas 33% das entrevistadas de 40 a 49 anos afirmaram ter cumprido todo o trajeto esperado para essa faixa etária em relação aos exames de mama: ir ao médico, receber solicitação de mamografia, ir através do exame, obtenha o resultado e compartilhe com o profissional que fez a solicitação.
Na análise por estrato social, esse percentual permanece baixo tanto entre as mulheres das classes A/B (35%) quanto no grupo da classe C (24%).
A pesquisa indica ainda que, nos 18 meses anteriores à pesquisa, 32% dos entrevistados não consultaram o médico. Mais uma vez, a repartição por estrato social mostra que este comportamento é representativo tanto entre os inquiridos das classes A/B (um em cada 4 inquiridos deste grupo não frequentou clínica no período questionado), como na classe C (em que esta percentagem é 35%).
Além disso, uma em cada cinco participantes com idade entre 40 e 49 anos (20%) não recebeu solicitação de mamografia do médico nos 18 meses anteriores à pesquisa do IPEC, embora pertença à faixa etária para a qual o procedimento é indicado , com frequência anual1. Neste mesmo grupo de 40 a 49 anos, 28% dos entrevistados afirmaram não ter consultado o médico no período indicado.
Câncer: o medo prevalece
Atualmente, os tumores de mama são a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. Ainda assim, quando questionados sobre os tumores que consideram mais perigosos, 34% dos participantes da investigação escolheram o cancro do intestino (colorretal), seguido do cancro do pulmão (28%), enquanto 22% não souberam opinar.
Apenas 12% destacaram o câncer de mama – número que sobe para 22% no Recife e permanece em 8% no Rio de Janeiro.
Por outro lado, quando os entrevistados foram convidados a pensar nas suas maiores preocupações relacionadas aos problemas de saúde, a possibilidade de desenvolver algum tipo de câncer e o risco de ter uma doença associada a limitações físicas ou de mobilidade destacaram-se como os maiores medos dessas pessoas . mulheres.
Em algumas localidades, como Belém e Recife, a ideia de descobrir o câncer é o que mais gera apreensão. Por outro lado, 16% da amostra afirmou não ter quaisquer problemas de saúde.
Educação sobre fatores de risco: desafio persistente
A pesquisa mostra que o desconhecimento sobre o câncer de mama entre as mulheres entrevistadas vai além da falta de informação sobre a detecção precoce. A maioria dos participantes tem uma percepção equivocada sobre os fatores de risco associados à doença.
Na opinião de 70% dos entrevistados, a herança genética (ter casos de câncer de mama na família) afeta mais a probabilidade de desenvolver o tumor do que os hábitos de vida da mulher.
Embora o percentual seja alto, esse dado era ainda maior: há dois anos, quando essa mesma pergunta foi feita pelo Ipec na edição de 2022 da pesquisa, 82% das mulheres estavam convencidas de que o histórico familiar seria o principal responsável pelos tumores de mama. .
A literatura médica, porém, aponta que apenas 5% a 10% de todos os casos de câncer de mama estão associados à herança genética. “É preciso reforçar que o câncer de mama é uma doença multifatorial, na qual devem ser considerados hábitos de vida modificáveis e até mesmo tendências sociais, como a redução do número de filhos”, afirma o diretor médico da Pfizer.
Segundo a pesquisa, a maioria dos entrevistados ignora a relação entre estilo de vida e câncer de mama: 71% das mulheres entrevistadas não reconhecem o consumo de álcool como fator de risco para a doença, por exemplo. Há dois anos, no levantamento feito pelo Ipec em 2022, esse número era um pouco maior, chegando a 74%3.
“A falsa percepção de que ter câncer de mama depende apenas de herança genética não só contraria a literatura médica, como também pode desestimular a tomada de ações importantes capazes de alterar fatores de risco modificáveis. Isso vale não só para o consumo de álcool, mas também para a obesidade e o sedentarismo”, comenta a diretora médica da área de oncologia da Pfizer Brasil, Evelyn Lazaridis.
Apenas 31% dos entrevistados estão convencidos de que o excesso de peso é um fator de risco para a doença, conforme alertam as autoridades de saúde – esta percentagem é ainda menor entre os entrevistados mais velhos, com 50 anos ou mais2.
Perfil reprodutivo e tendências sociais
Elementos ligados ao perfil reprodutivo da mulher também compõem o leque de fatores associados ao câncer de mama, como a menopausa tardia (após os 55 anos)2: apenas 11% das entrevistadas, porém, conhecem essa informação.
Além disso, apenas 9% têm consciência de que ter a primeira menstruação antes dos 12 anos também contribui para aumentar este risco.
A pesquisa indica ainda que apenas 16% dos participantes reconhecem que a nuliparidade (não ter filhos) faz parte dos fatores de risco para o câncer de mama2 – esse percentual chega a 12% no Distrito Federal. Por outro lado, 44% da amostra já identifica que a amamentação desempenha um papel protetor contra a doença.
Esta perceção é menos pronunciada na faixa etária mais jovem, dos 20 aos 39 anos, onde 31% dos inquiridos concordam com esta associação. Este é justamente o grupo que tende a concentrar a maioria das mulheres em idade fértil.
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