Nesta sexta-feira (21) é o Dia Nacional de Combate à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A doença é um distúrbio causado pela morte dos neurônios motores, responsáveis por enviar comandos de movimento aos músculos, levando à paralisia progressiva, que acaba impedindo tarefas simples como andar, mastigar ou mesmo falar.
A causa específica da Esclerose Lateral Amiotrófica ainda é desconhecida. No entanto, parece que o uso excessivo dos músculos pode contribuir para a degeneração das vias motoras.
Vivendo com ELA
A procuradora aposentada do Ministério Público de Santa Catarina, Larissa Takashima, percebeu os primeiros sintomas da doença em 2017, aos 42 anos. Em 2018 recebeu o temido diagnóstico.
Desde então, Larissa tem procurado ajudar outras pessoas que sofrem com o mesmo diagnóstico. Nas redes sociais, a procuradora aposentada compartilha seu dia a dia e sua convivência com a doença.
Em setembro de 2020, Larissa criou o Associação Regional de Esclerose Lateral Amiotrófica de Santa Catarina (Arela). O grupo conta com fisioterapeutas, neurologistas, psicólogos, nutricionistas e advogados. O tratamento multidisciplinar é muito importante e gera qualidade de vida e aumento de sobrevida aos pacientes.
A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) instituiu o dia 13 de março como o Dia Estadual de Conscientização sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica em 2022. A data comemora o aniversário do procurador.
Entenda a doença
ALS é uma condição dolorosa e debilitante que piora gradualmente. Segundo o Ministério da Saúde, a doença provoca, a curto e médio prazo, enfraquecimento muscular, contrações involuntárias e incapacidade de movimentar braços, pernas e corpo em geral.
A longo prazo, quando os músculos do peito param de funcionar, torna-se extremamente difícil respirar sem ajuda.

A descrição do seu nome, Esclerose Lateral Amiotrófica, significa:
- Esclerose – endurecimento e cicatrizes;
- Lateral – endurecimento da porção lateral da medula espinhal;
- Amiotrófico – fraqueza que resulta na redução do volume real do tecido muscular, atrofia.
Depois de ser diagnosticada com ELA, a expectativa de vida de uma pessoa é de três a cinco anos, mas o tempo exato depende muito da ajuda recebida.
O que causa a doença?
De acordo com Ministério da Saúde, em cerca de 10% dos casos, a doença é causada por um defeito genético. Além disso, outras explicações que podem estar relacionadas ao transtorno são:
- Mutação genética;
- Desequilíbrio químico no cérebro, com níveis mais elevados de glutamato, que é tóxico para as células nervosas;
- Doenças autoimunes;
- Mau uso de proteínas.
Sintomas da esclerose lateral amiotrófica
Os sintomas da ELA geralmente começam a aparecer após os 50 anos, mas também podem aparecer em pessoas mais jovens. Entre os sintomas, as pessoas com ELA apresentam:
- Perda gradual de força muscular e coordenação;
- Incapacidade de realizar tarefas rotineiras;
- Dificuldades para respirar e engolir;
- Asfixia facilmente;
- Babar;
- Gagueira (disfemia);
- Cabeça caída;
- Cãibras musculares;
- Contrações musculares;
- Problemas de dicção;
- Alterações na voz, rouquidão;
- Perda de peso.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da doença é feito através de análises clínicas e exames neurológicos.
Não há cura para a Esclerose Lateral Amiotrófica. Porém, o tratamento começa com um medicamento chamado riluzol, que é distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O riluzol reduz a taxa de progressão da doença e prolonga a vida do paciente.

Além disso, fisioterapia, reabilitação e uso de órteses e outras medidas ortopédicas podem ser necessárias.
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