Com leve queda de 0,25% no fechamento, aos 122.331,39 pontos, nesta terça-feira, 25, interrompeu sua sequência de cinco ganhos, a mais longa sequência de vitórias desde as seis máximas consecutivas entre 15 e 22 de fevereiro. Mas, ao contrário desse intervalo, quando passou dos 127 mil para os 130 mil pontos, a recuperação desta vez tirou-o dos mínimos do ano, uma correção que tinha lançado o índice nos 119.137,86 no dia 17 de junho, o nível de fecho mais baixo desde 9 de junho. novembro passado.
Em junho, o Ibovespa sustentou ligeiro ganho de 0,19%, derivado da alta de 0,78% acumulada no agregado das duas primeiras sessões desta última semana do mês. No ano, o índice caiu 8,83%. Fraco, o faturamento desta terça foi de R$ 15,9 bilhões.
Hoje, o Ibovespa testou mínima abaixo de 122 mil, aos 121.997,14 pontos (-0,52%) no início da tarde, mas conseguiu ficar acima do limite, preservando a marca pelo segundo fechamento consecutivo, algo que não era visto desde a virada de maio para junho – apesar de ter subido 1,19%, voltando a R$ 5,45 nesta terça, e a curva de juros doméstica também ter avançado.
“O Ibovespa teve uma leve queda considerando a pressão sobre o câmbio, com o alto fluxo de investidores levando recursos para o exterior. Na curva de juros, os vencimentos de 2025 a 2033, estavam todos em alta hoje. incerteza em relação aos impostos e à dívida pública, o que reforça a saída de recursos do país”, afirma Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos.
“A postura do Copom é vital para contrabalançar a atitude esbanjadora do governo. Os juros persistentemente elevados, porém, pesam sobre a Bolsa brasileira, pois não deslocam o fluxo da renda fixa para a renda variável”, aponta Felipe Castro, sócio da Matriz Capital.
Destaque da pauta da manhã, a ata da reunião do Copom da semana passada – quando o Comitê de Política Monetária decidiu por unanimidade manter a Selic em 10,50% ao ano e também sinalizou interrupção do ciclo de cortes na taxa básica de juros – preservada o tom ‘hawkish’ da afirmação, na avaliação do mercado.
“Outro ponto mencionado na ata é a grande incerteza em relação à queda dos juros nos Estados Unidos. Manter os juros mais altos por mais tempo lá acaba atraindo mais investidores, que retiram recursos de países emergentes como o Brasil”, observa Inácio Alves, analista da Melver, destacando a saída líquida de R$ 41 bilhões da B3 (BVMF:) no agregado de 2024, até sexta-feira, 21.
No mês de junho, houve retirada líquida de R$ 5,116 bilhões da B3 no exterior, mas há sinais recentes de que, com os descontos que se acumularam, a Bolsa poderá começar a atrair de volta parte desse fluxo. Assim, na sexta-feira, quando o Ibovespa subiu 0,74%, em sessão com volume reforçado para R$ 30,4 bilhões devido ao vencimento das opções de ações, os estrangeiros contribuíram com R$ 1,431 bilhão, segundo dados da B3.
“A queda acumulada na bolsa pode ser uma oportunidade de entrada”, afirma Hemelin Mendonça, sócio da AVG Capital. Ela destaca, além da ata desta manhã, outro ponto importante da agenda semanal que pode contribuir para maior clareza dos investidores em relação ao cenário macro doméstico, como a divulgação do IPCA-15 de junho, amanhã, e a relatório trimestral de inflação na quinta-feira.
Na ponta vencedora do Ibovespa, os destaques são JBS (BVMF:) (+1,74%), Weg (BVMF:) (+1,71%) e Arezzo (BVMF:) (+1,45%). No lado oposto, estão Pão de Açúcar (BVMF:) (-3,74%), Vamos (-3,32%) e Magazine Luiza (BVMF:) (-2,96%). As ações blue chip geralmente apresentaram desempenho negativo na sessão. A Vale ON (BVMF:) perdeu 0,41% e as perdas da Petrobras (BVMF:) foram de 0,36% (ON) e 0,08% (PN) nesta terça-feira. Entre os grandes bancos, Itaú (BVMF:) PN (+0,31%) e BB (BVMF:) (ON +0,30%) obtiveram leve avanço, enquanto Bradesco (BVMF:) PN manteve a ponta negativa do segmento, com queda de 0,80 % no fechamento.
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