A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) disse neste sábado (27) que considera “inconstitucional e anticonvencional” a decisão judicial que impede o município de prestar assistência humanitária aos povos indígenas em uma área de recuperação localizada em Terra Roxa, no Paraná.
A sentença do desembargador da 2ª Vara Federal de Umuarama, João Paulo Nery dos Passos Martins, determina que “a Funai se abstém de entregar lonas, madeira, ferramentas e outros materiais que possam ser utilizados na construção de abrigos/moradias às comunidades indígenas que ocuparam propriedades rurais nas cidades de Guaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná”.
“A decisão também contraria as atribuições institucionais do órgão, responsável pela proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas no Brasil, e está reunindo informações relevantes ao caso, e dialogando com a Advocacia-Geral da União (AGU) para recorrer da decisão”, diz a agência
Em nota, a Funai explica que a preservação dos direitos humanos é um dos fundamentos do Estado brasileiro, conforme estabelecido na Constituição Federal de 1988 (inciso III, artigo 1º).
Por esse motivo, o Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Ação de Descumprimento de Preceitos Fundamentais (APDF) nº 828, determinou que o Judiciário adotasse medidas humanitárias para salvaguardar os direitos fundamentais das populações vulneráveis nos casos que envolvam conflitos fundiários.
O órgão afirmou que “a decisão da 2ª Vara Federal de Umuarama (PR) viola os deveres estabelecidos na ADPF nº 828, além de violar as atribuições institucionais da Funai, que, conforme previsto na Lei nº, agir para respeitar o direitos dos povos indígenas e suas comunidades.
Entre os direitos a serem observados estão os direitos fundamentais, como o direito à integridade e a garantia da proteção judicial”.
Conflitos
A Funai participa da mediação de conflitos no município de Terra Roxa, na Terra Indígena Guasu Guavirá, desde os primeiros relatos de violência. A Coordenação Técnica Local (CTL) de Guaíra, unidade descentralizada da Funai, está presente para tentar reverter o agravamento da situação de tensão.
Com o agravamento e registro de um indígena baleado, houve necessidade de reforço de funcionários de outras coordenações regionais da Funai.
Desde então, a coordenação de Guaíra conta com o apoio de forças policiais como a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), o Batalhão da Polícia Militar de Fronteira (BPFron), a Polícia Militar do Paraná (PMPR) e a Polícia Federal.
A presença policial na região foi uma solicitação do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), no início deste mês, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Trata-se da Operação Tekoha 4, que visa prevenir atos de violência contra os povos indígenas, mobilizados para garantir seus direitos territoriais.
Supervisão
A Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Derivados (ANP) retomou, esta semana, ações conjuntas de fiscalização para identificar irregularidades na comercialização de combustíveis utilizados para atividades ilícitas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
As ações aconteceram nos municípios de Alto Alegre e Boa Vista, em Roraima, com apoio da Força Nacional e da Polícia Federal. No total, foram fiscalizados dois postos concessionários e três pontos de abastecimento, destinados ao abastecimento de automóveis, caminhões, aeronaves, barcos ou locomotivas de uso exclusivo. Um posto concessionário foi multado e fechado por fornecer menos combustível do que o indicado na bomba de combustível. Também foi lavrado auto de infração contra ponto de abastecimento por descumprimento da legislação.
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